
O risco de suicídio e o tabagismo podem ter uma ligação inquietante, segundo um estudo publicado na revista Journal of Affective Disorders.
As campanhas contra o tabagismo deveriam também advertir para o risco elevado de pensamentos suicidas por parte dos fumadores regulares, afirma a equipa de investigadores coordenada por Thomas Bronisch, do Instituto Max Planck de Psiquiatria, de Munique.

Os seus trabalhos basearam-se em dados de um estudo psicológico iniciado em 1995, que abrangeu 3.021 jovens, seguidos durante 3 anos e meio, com idades compreendidas entre os 14 e os 24 anos.
Cerca de um quarto dos jovens abrangidos nunca tinha fumado, 40% eram fumadores ocasionais, 17% fumadores regulares não dependentes, e 19% fumadores dependentes.
Entre os não-fumadores, cerca de 15% afirmou ter tido pensamentos suicidas, definidos como ter pensado matar-se ou ter desejado morrer durante pelo menos duas semanas.
Este número atingiu os 20%, quando perguntado aos fumadores ocasionais e não-dependentes, e os 30% nos fumadores dependentes.
A ligação torna-se ainda mais forte quando se fala de tentativas de suicídio. Apenas 0,6% dos não-fumadores afirmou ter tentado o suicídio, contra 1,6% dos fumadores não-dependentes e 6,4% dos fumadores dependentes.
Os investigadores afirmaram no entanto que reconhecem que este trabalho apresenta diversos limites.
Nenhum suicídio foi registado durante o período do estudo, que se prende desta forma a ideias suicidas ou tentativas de suicídio.
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