
A pesquisa foi feita na região central da cidade, no ano passado, durante ações de orientação e prevenção contra o consumo do tabaco. Na abordagem, foi medido, com a ajuda de um aparelho, o nível de monóxido de carbono do ar expirado pelos fumantes. A taxa normal, segundo a secretaria, é de 3, mas alguns apresentaram um nível de até 20, mais de seis vezes o índice ideal.
De acordo com Luizemir Lago, coordenadora do Centro de Referência em Álcool, Tabaco e Outras Drogas (Cratod) da secretaria, quanto mais monóxido de carbono no ar expirado, menos oxigênio. Isso também ocorre na corrente sangüínea. “O sangue dessas pessoas em geral é mais espesso e escuro que o normal”.
O dado é preocupante, pois essas pessoas estão sujeitas a diversos problemas de saúde como derrame, problemas respiratórios e cardíacos. Ainda segundo a coordenadora, não só os fumantes pesados correm riscos de ter essas doenças. Não existe grau de consumo seguro para o cigarro. Meio por dia já faz mal, a nicotina contida no cigarro tem o poder de transformar células saudáveis em cancerígenas.

Os maiores interessados em parar de fumar são as pessoas na faixa etária entre 45 e 49 anos. Os jovens, entre 20 e 24 anos, são a minoria entre os que demonstraram interesse em parar. “Os jovens como não sentem nada acham que o cigarro não lhe faz mal. Os mais velhos já relatam sentir alguns problemas”, comentou Luizemir.
Após responder a pesquisa, as pessoas que diziam ter vontade de parar de fumar eram orientadas a procurar um serviço de saúde pública estadual ou municipal. A secretaria, no entanto, não checou se os entrevistados realmente procuraram um serviço de saúde porque não era preciso se identificar para participar da pesquisa. No entanto, segundo a coordenadora, uma abordagem desse tipo pode conseguir que até 13% das pessoas parem de fumar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário